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26 de outubro de 2011

20 Anos sem Brasil no Topo da F-1

Parece que foi ontem. Mas já se vão 20 anos de uma conquista histórica. Como todas as outras de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e os dois primeiros títulos de Ayrton Senna da Silva, um mito das pistas.

Vinte de outubro de 1991. Na madrugada daquele domingo, como já acontecera em duas oportunidades nos três anos anteriores, um brasileiro chamado Ayrton Senna da Silva, a bordo de uma McLaren vermelha e branca, trajando o capacete com as cores da bandeira brasileira criado por Sid Mosca e que tornou-se marca registrada do automobilismo para todo o sempre, conquistava de forma incontestável o terceiro título dele na Fórmula 1.


Foi provavelmente o mais fácill campeonato que Ayrton conquistou, com direito a quatro vitórias consecutivas no começo do ano, para o piloto de 31 anos. Ele sabia que a Williams era uma adversária de respeito e que viria muito forte – como de fato veio – na segunda metade do campeonato. Mas faltou à equipe rival o que sobrava na McLaren. Um piloto pronto para, na hora certa, dar a resposta dentro da pista. Por mais que Nigel Mansell fosse veloz, Senna era sem dúvida mais completo que ele e mereceu mais um título na Fórmula 1, depois de tudo o que passou com Alain Prost, Jean-Marie Balestre e a FIA nos dois anos anteriores.


Ironicamente, este foi o último momento glorioso do Brasil na Fórmula 1. O único momento em que talvez tenhamos chegado próximos de viver tamanha euforia foi o GP do Brasil em 2008, quando por instantes o título esteve nas mãos de Felipe Massa, até que Lewis Hamilton ganhasse a posição de Timo Glock e levasse a taça para a Inglaterra.

A conquista de Ayrton em 1991 foi repleta de momentos brilhantes e outros igualmente dramáticos.

Phoenix: a primeira, fácil, de ponta a ponta

Ayrton Senna apresentou armas na primeira corrida do ano em 10 de março, no circuito citadino de Phoenix, que naquele ano faria sua despedida da Fórmula 1. A bordo de sua McLaren-Honda MP4/6, ele fez a pole position e venceu de ponta a ponta, absoluto. Briga mesmo, só para ver quem chegava em segundo. O eterno rival Alain Prost ficou grande parte da corrida nessa posição e quando parou para trocar pneus cedeu-a para Riccardo Patrese, que bateu. Nessa altura, além de Senna na ponta, Nelson Piquet era terceiro e Roberto Moreno, quarto. Mas o “Baixo” abandonou e infelizmente não vimos uma trifeta que seria histórica. Piquet se sustentou em 2º sem parar para trocar pneus, mas não demorou para ser presa fácil para Jean Alesi, que depois abandonaria em sua estreia na Ferrari, e por fim para Prost. Foi a última vez em que os grandes campeões da década subiram juntos num pódio.

Brasil: com sofrimento, o fim do tabu

Mais uma pole para Ayrton Senna em Interlagos. E ao contrário das vezes anteriores, incluindo Jacarepaguá, não seria desta vez que ele deixaria a chance da vitória tão sonhada escapar de suas mãos. Ayrton largou bem e manteve-se na ponta, controlando a distância que o separava das Williams de Nigel Mansell e Riccardo Patrese. A perseguição durou até a 56ª volta, quando Mansell moeu o câmbio de seu carro numa rodada e abandonou. Patrese continuou célere atrás de Senna, mas reduziu o ritmo quando os primeiros pingos de chuva começaram a cair sobre o circuito paulistano. E no fim da corrida, somada à chuva, outro drama: Senna perdera praticamente todas as marchas de seu carro, percorrendo os pouco mais de 4 km do traçado sem tirar a mão do volante. De forma dramática, ele pediu o fim da corrida, que acabou mesmo nas 71 voltas previstas com um delírio nunca antes visto em Interlagos. Mais um tabu estava quebrado. “Quando Deus quer uma coisa, ninguém tira”, disse Senna para os microfones da Rede Globo após a corrida.

San Marino: o dia em que a Ferrari atolou

Chovia antes da largada para a 3ª etapa, o GP de San Marino, em Imola. E Senna, saindo mais uma vez da pole position, viu pelo retrovisor um ‘espetáculo’ no mínimo insólito: o eterno rival Alain Prost rodou em plena volta de apresentação e sequer alinhou para a corrida. Um vexame histórico.

Senna, porém, não liderou de ponta a ponta. Riccardo Patrese, 2º no grid, saiu melhor que o brasileiro e comandou a corrida até a 10ª volta, quando teve problemas e caiu para último. Sem rivais, já que em segundo vinha o fiel escudeiro Gerhard Berger, Senna dominou a corrida como quis e venceu a terceira corrida consecutiva em 1991. Roberto Pupo Moreno andou bem com a Benetton e merecia terminar no pódio, mas abandonou a oito voltas do final.

Mônaco: mais uma do novo ‘Mister Mônaco’

E veio o GP de Mônaco, território especial e particular de Ayrton Senna na Fórmula 1. Após mais uma pole position, ele venceu mais uma vez nas ruas do principado e se tornou o novo ‘Mister Mônaco’ do pedaço. A 2ª posição ficou com Stefano Modena, de forma surpreendente, com sua Tyrrell, até o italiano quebrar na 42ª volta. Alain Prost herdou a posição, mas Nigel Mansell, que vinha de três abandonos consecutivos, quebrou a escrita com uma manobra espetacular na chicane do Porto, que rendeu elogios até do próprio Ayrton, que não morria de amores pelo rival.

Canadá: a última de Piquet

Após uma sequência de quatro vitórias e pole positions de Ayrton Senna, o GP do Canadá marcou o início da recuperação da Williams. Riccardo Patrese e Nigel Mansell monopolizaram a primeira fila, deixando Senna em 3º e as posições ficaram assim até a 25ª volta, quando a McLaren de Senna enfrentou o primeiro problema do ano e ele abandonou. A posição de Ayrton foi herdada por Nelson Piquet, que chegou ao segundo lugar na quadragésima volta, quando Riccardo Patrese parou para trocar pneus.

Com os compostos da Pirelli montados em sua Benetton, Piquet seguiu à risca a tática de não trocar e vinha comboiando Mansell a uma distância bastante respeitável do líder, que dominava a corrida de forma absoluta. Aí, aconteceu: na última volta, Nigel resolveu fazer gracinhas, acenou para a torcida, deixou o motor Renault de sua Williams girando em baixa rotação e houve uma pane elétrica que surpreendeu todo mundo, inclusive Piquet, que não contava mais com a vitória. Mas o veterano piloto de 38 anos não perdoou o velho rival. “Vence quem chega primeiro. Quase tive um orgasmo quando vi que tinha assumido a liderança”, revelou Piquet.

A corrida, que terminou com Modena em 2° e Patrese ainda em terceiro, teve pela primeira vez a então estreante Jordan na zona de pontuação. Andrea de Cesaris chegou em quarto e Bertrand Gachot foi o quinto em Montreal.

México: baile da Williams e capotagem

A fase não era mesmo boa: no ondulado e seletivo circuito Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, Ayrton Senna sofreu um sério acidente na ânsia de melhorar seu desempenho, entrando na famosa curva Peraltada em sexta marcha, quando deveria ter engatado uma quinta. Perdeu o controle do carro a 250 km/h, bateu na barreira de pneus e capotou. Restou a Senna ser 3º no grid, atrás de Patrese e Mansell, praticamente imbatíveis com sua Williams dotada de um sistema ‘inteligente’ de suspensão que fazia o carro correr como se estivesse num autorama, mesmo nas superfícies mais difíceis.

E na corrida não deu outra: domínio incontestável da Williams, com vitória de Riccardo Patrese, algo raro visto que Nigel Mansell sempre teve privilégios na equipe. Mas o italiano foi melhor naquele fim de semana e mereceu terminar em primeiro. Resignado, Senna foi terceiro a quase um minuto de Patrese. Andrea de Cesaris andou muito bem e foi o quarto, seguido por Roberto Pupo Moreno e por Eric Bernard em sua Lola-Larrousse. Era o fim da invencibilidade do Brasil na Fórmula 1, que já vinha desde o GP do Japão de 1990, em Suzuka, com quatro vitórias de Senna e três de Piquet.

França: enfim, vitória do ‘Leão’

Sete corridas: foi o que demorou para Nigel Mansell conquistar sua primeira vitória na temporada de 1991 da Fórmula 1. Na estreia do circuito de Magny-Cours, substituto do saudoso Paul Ricard, ele só não contava com um Alain Prost exuberante e disposto a apagar os maus resultados do início do ano, com uma rediviva Ferrari, que naquela corrida contava com um novo pacote aerodinâmico. Prost liderou por 44 voltas, mas não resistiu à melhor performance da Williams de Mansell, que o derrotou por cinco segundos de diferença.

Ayrton Senna, dando sinais de insatisfação com a aproximação da Williams em relação a sua McLaren, não teve a menor hipótese de lutar pela vitória. Andou em terceiro praticamente a corrida inteira, seguido por Jean Alesi. Riccardo Patrese e, de novo, Andrea de Cesaris, terminaram na zona de pontos. Estava ligada a luz de alerta na equipe de Ron Dennis.

Inglaterra: em dia de Mansell, pane seca tira Senna do pódio

Se correr em casa é sempre um ‘algo mais’ para qualquer piloto e Senna provara isto em Interlagos, Nigel Mansell resolveu fazer o mesmo em Silverstone. Numa performance inspirada, acompanhada por uma horda de mais de 100 mil torcedores fanáticos, o piloto da Williams teve o seu grande momento no ano. Liderou de ponta a ponta e venceu de forma incontestável. Ayrton se manteve em 2º até a última volta, quando foi traído por uma pane seca e acabou sem combustível no meio do circuito. O brasileiro tinha seis pontos no bolso e terminou com os três do quarto lugar.

Gerhard Berger herdou a posição do companheiro de equipe e Alain Prost, na regularidade de sempre, foi terceiro. Nelson Piquet somou mais dois pontos com a Benetton e Bertrand Gachot pôs a Jordan pelo quarto GP consecutivo na zona de pontuação. Roberto Pupo Moreno andou em 3º no início da corrida, mas infelizmente ficou para trás, desistindo na 21ª volta.

Alemanha: a volta das escaramuças com Prost

Dias antes do GP da Alemanha, quando as equipes usaram o circuito de Hockenheim para sessões de testes particulares, Ayrton Senna sofreu talvez o maior susto de toda sua carreira de piloto até então. Um pneu estourou a 300 km/h e na sequência, o brasileiro perdeu o controle da McLaren e capotou várias vezes. Milagrosamente, ele não sofreu nada, mas o carro ficou inteiramente destruído.

Com um novo chassi, ele disputou a corrida mais uma vez tentando extrair o máximo de seu carro em busca de um bom resultado. Senna foi 2º no grid atrás de Nigel Mansell e teve uma corrida cheia de percalços, longe de ter um desempenho competitivo. Na segunda metade da corrida, caiu para quarto e por lá ficaria, não sem antes ter uma escaramuça com o eterno rival Alain Prost, que novamente ‘meteu a boca no mundo’ com o ressentimento que lhe era característico, talvez para ganhar um ibope que vinha lhe faltando ao longo do ano.

Prost ficou fora da corrida e Senna também teria o mesmo destino: pela segunda corrida seguida, ficou sem combustível na última volta e, desta vez, não pontuou. Mansell venceu, seguido por Riccardo Patrese, Jean Alesi, Gerhard Berger, Andrea de Cesaris e Bertrand Gachot. Em seu primeiro ano na Fórmula 1, a Jordan já conseguia a façanha de ter seus carros em cinco corridas consecutivas entre os seis primeiros.

Hungria: vitória crucial de Ayrton

Passada a tormenta de uma sequência de cinco corridas sem vitória e com pontuações abaixo do esperado, era hora da McLaren, da Honda e de Senna agirem. E o GP da Hungria, numa pista de dificílimas ultrapassagens, seria ideal para a reabilitação do brasileiro. E não deu outra. Pole e vitória de ponta a ponta de Ayrton Senna, em que pese a inversão de posições na Williams, que começou com Patrese à frente de Mansell e acabou com o inglês em segundo, a metros do piloto da McLaren. Era o que Senna precisava para mostrar que estava vivo, muito vivo, na briga pelo título.

Bélgica: um campeão não se faz sem sorte

Veio o GP da Bélgica em Spa-Francorchamps e foi nessa pista, há 20 anos, que estreou um jovem alemãozinho egresso da Fórmula 3, cacifado pela Mercedes. Seu nome: Michael Schumacher. Ele impressionou positivamente com o 7º lugar no grid numa pista que não conhecia de categoria alguma e sua prova durou menos que um quilômetro, em razão de uma falha de embreagem – que aliás o próprio piloto detectou e a equipe não fez muita questão de consertar.

Ayrton Senna partiu da pole position, mas só ficou em primeiro até a 14ª volta, quando Nigel Mansell e Nelson Piquet (este, sem ter parado até então) herdaram a ponta por alguns momentos. Na 22ª passagem, de forma surpreendente, Jean Alesi despontou na ponta, liderando sua primeira corrida com a Ferrari. E ficou por lá até a volta 31, quando teve problemas e abandonou.

Senna herdou a ponta, mas de forma surpreendente a 2ª posição era de ninguém menos que Andrea de Cesaris, a bordo da novata Jordan. O italiano guiou muito e ameaçou o brasileiro, que não tinha um bom carro nas mãos, até também quebrar, o que aconteceu a três voltas do fim. Gerhard Berger herdou a posição e Nelson Piquet, com o 3º lugar, subiu ao pódio pela última vez na Fórmula 1. Roberto Pupo Moreno fez a volta mais rápida e foi quarto, mal sabendo o que estaria por vir nas corridas seguintes…

Itália: Mansell incontestável

Veio o GP da Itália em Monza e dias antes dele, um escândalo fora da pista: a demissão de Roberto Moreno da Benetton, que contratara para o seu lugar o atrevido estreante Michael Schumacher, de 22 anos. A forma como a coisa foi conduzida enojou – pero no mucho – muita gente na Fórmula 1. Naquele fim de semana, Nelson Piquet comemorava sua 200ª corrida na categoria e já dava sinais de que sua paciência com aquilo tudo à sua volta estava chegando ao fim.

Completamente alheios a isto, uma vez que o foco era a disputa do título, Ayrton Senna fez a pole position e Nigel Mansell largou imediatamente ao seu lado em segundo. O brasileiro sustentou o quanto pôde a liderança, até a 33ª volta, quando não resistiu a uma manobra perfeita de ultrapassagem de Mansell. Senna parou nos boxes para trocar pneus, voltou em quinto e fez uma sequência de ultrapassagens para pelo menos conseguir a segunda posição, até porque Mansell estava mesmo imbatível. Alain Prost foi ao pódio, com Gerhard Berger em quarto, Michael Schumacher em quinto e Nelson Piquet na 6ª posição.

Portugal: trapalhada e bandeira preta para Mansell

Em Portugal, Ayrton Senna voltou a sofrer com uma McLaren pouco competitiva no circuito do Estoril. Num fato raro na carreira, ficou atrás de Gerhard Berger nos treinos, com a 3ª posição, enquanto Riccardo Patrese era o pole positon e Nigel Mansell o quarto. O “Leão” largou muito bem e passou ao fim da primeira volta em segundo, assumindo a liderança na 18ª volta. Aí…

O inglês parou para trocar pneus na 30ª passagem e aparentemente tudo estava dentro do figurino. Mas uma porca não foi completamente apertada numa roda traseira e ela caiu. Mansell recebeu ajuda externa para voltar à pista em 17º, iniciando uma furiosa recuperação que o levou ao sexto lugar. Mas a direção de prova lhe mostrou, tal como em 1989, a bandeira preta de desclassificação. Desta vez, ao contrário daquele ano, o inglês da Williams viu a sinalização e se recolheu aos boxes.

Ayrton Senna, que não contava com a vitória face o domínio da equipe rival, teve um 2º lugar caído do céu e fundamental depois da desclassificação do maior adversário no ano. Riccardo Patrese venceu e Jean Alesi completou o pódio. Pierluigi Martini fez uma ótima prova com a Minardi e foi quarto, à frente de Nelson Piquet e Michael Schumacher.

Espanha: duelo empolgante e vitória de Mansell

A estreia do circuito da Catalunha, em Barcelona, na Fórmula 1, ficou marcada para sempre por uma imagem histórica. Na quinta volta da corrida, Nigel Mansell e Ayrton Senna desceram, lado a lado e soltando faíscas a mais de 250 km/h, a reta do circuito em carreira desabalada rumo a freada da curva 1. Mansell levou a melhor e depois de superar Gerhard Berger, venceu. Alain Prost derrotou seu medo da chuva e conquistou seu último grande resultado pela Ferrari. Foi 2º colocado, seguido por Riccardo Patrese, Jean Alesi, Ayrton Senna (que rodou no molhado, algo raro) e Michael Schumacher.

Japão: afinal, o tricampeonato

Com 16 pontos de vantagem sobre Nigel Mansell e faltando duas corridas para o fim do campeonato, o inglês tinha que vencer as duas corridas que restavam no Japão e na Austrália e Ayrton marcar, no máximo, três pontos. Tarefa nada simples, ainda mais se considerarmos que a penúltima corrida do ano seria em Suzuka, pista de propriedade da Honda e onde Senna fora campeão em 88 e 90.

Fazendo o papel de ‘coelho’, Gerhard Berger largou bem e assumiu a ponta na largada, com Senna em segundo e Mansell em terceiro. Ayrton não precisou de mais do que 10 voltas para fazer Mansell cair como patinho em sua armadilha. O inglês entrou forte demais na curva 1, no vácuo da McLaren de Ayrton, passou reto após perder pressão aerodinâmica e atolou na caixa de brita. O campeonato de 1991 estava oficialmente ganho por Ayrton Senna da Silva.

Já com o título no bolso do macacão, Senna assumiria a liderança da corrida na 25ª volta, para desacelerar na última curva, entregando de presente o triunfo a Gerhard Berger, o que motivou Galvão Bueno a soltar o famoso “Eu sabia! Eu sabia!” durante aquela transmissão. O fato é que havia um acordo entre Senna e Ron Dennis onde, em caso de conquista de título antecipada, Senna cederia a vitória ao companheiro de equipe, em reconhecimento ao bom trabalho feito por Berger. Mesmo um tanto quanto ‘vexado’ pelo acontecimento, Ayrton comemorou muito o título, jogando uma garrafa inteira de champagne em si mesmo no pódio e depois levando um baita banho de água gelada, cortesia do próprio Ron Dennis.

Austrália: vitória de Senna na corrida mais curta da história

Acabou que o GP da Austrália, último da temporada de 1991, foi o mais curto de todos os tempos. Durou só 25 minutos ou 14 voltas, cortesia de uma chuvarada que encharcou o circuito de rua de Adelaide. E Senna, correndo em características que lhe eram muito peculiares, venceu e levou os pontos pela metade. Nigel Mansell e Gerhard Berger fecharam o último pódio do ano e Nelson Piquet, em sua derradeira corrida, foi quarto. Riccardo Patrese chegou em 5º e Gianni Morbidelli, que substituiu o demitido Alain Prost na Ferrari, levou o último meio ponto do ano.

"Imagem muitas vezes repetida, deixou saudades"
Texto: Rodrigo Matar
Fotos: Arquivo


Opinião do Blog: Infelizmente o Tetra não veio, e pior, Senna se foi.A morte trágica abreviou a vida do piloto e cessou as glórias brasileiras na F-1.Rubens Barrichello talvez tenha sido o mais prejudicado pelo "efeito Senna", afinal sobre seus ombros caíram o peso de substituir o mito, como se já não bastasse o próprio trauma de perder o amigo no acidente.Até chegamos perto com Massa, porém a possibilidade de título do mesmo foi mais pelas "amareladas" de Hamilton do que por competência do brasileiro, e seguimos distantes do 1º lugar ao final da temporada.Bruno Senna enche muitos de esperança, mas terá que ser muito frio para colocar sua competência e seu estilo acima do sobrenome, numa categoria cada vez menos competitiva.Gostem ou não, achem o maior da história ou não, todos tem que aceitar que Senna foi o último brasileiro a arrancar sorrisos dos amantes do automobilismo, em especial a Fórmula 1.


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